“Conheçamos
e prossigamos em conhecer ao Senhor.” Os 6:3
“E a vida eterna é esta: que conheçam a
ti, o único Deus verdadeiro...” Jo 17:3
Talvez o maior desafio da humanidade
seja esse: conhecer a Deus. A vida eterna, diz o apóstolo João, é conhecer a
Deus. Oséias exorta: conheçamos. Se existe uma ordenança a que conheçamos é
porque no fundo não conhecemos. Deus não se conhece em livros; não conhecemos a
Deus em enciclopédias ou compêndios, ou mesmo numa sala de aula de teologia,
porque Teologia verdadeira é a experiência que se absorve através de uma íntima
relação com o Criador.
Conhecer a Deus é, antes de tudo, ter
uma real visão de si mesmo, diante da santidade de Deus. Ambas as naturezas se
encontrando e se confrontando em suas essências: a santidade de Deus e a minha
pecaminosidade. Ao deparar-me com a santidade de Deus automaticamente considero
em mim a minha insuficiência como ser humano, a minha limitação e a minha
incompletude. Deus é santo e eu sou pecador. Deus é tudo e é completo. E essa
consciência só é possível se eu tiver conhecimento da pessoa de Deus. Tenho que
conhece-lo.
O contrário disso é idolatria, pois se
não o conheço e não O adoro, certamente adorarei outro deus. Seja ele eu mesmo,
ou a minha forma de vida, os meus bens, a minha família, a minha igreja, a
minha crença, os meus objetivos, os meus planos para uma vida de sucesso, onde
apenas enxergo o que quero e o que me importa. Desconhecer a Deus é se permitir
na alma a perpetuação do estado de queda, alienada de Deus, com todas as suas
nuances, todas as suas facetas. Ignorar a Deus em sua santidade é se permitir
continuar em estado de ignorância quanto ao seu amor e ao seu plano de redenção
da alma humana, realizado em Jesus Cristo.
Isso é idolatria, pois se não adoramos
ao Senhor, na beleza da sua santidade, vamos vivendo guiados pelos nossos
instintos e pelos moldes com que o mundo vai adornando o nosso espírito. No
entanto, ambos – nossa estrutura psico-espiritual e o mundo – opõem-se ao
padrão do Altíssimo. E o nosso deus vai se mostrando através dos nossos
comportamentos e das nossas atitudes, das nossas psicologias e filosofias, da
nossa antropologia e da nossa psiquiatria. Se não adoramos a Deus, adoramos a
qualquer outra coisa ou pessoa, de modo que isso é perfeitamente viável, sustentável
e concreto. Ou Deus está no comando, ou outra coisa está. E essa outra coisa
posso ser eu, pode ser alguém, pode ser algo.
É o que resulta de não conhecermos a
Deus, pois quando o conhecemos percebemos que a vida toma outros rumos
contrários a tudo que vivíamos, acreditávamos, defendíamos e até certo ponto
poderíamos morrer. Não há meio termo. Ou adoramos a Deus pelo conhecimento
experimental dEle mesmo, através da obra de Jesus Cristo na cruz do calvário,
ou O ignoramos em nossa falta de conhecimento dEle.
Quando desconhecemos a Deus somos
capazes das maiores atrocidades; podemos ser atores dos mais repugnantes papéis
de desafetos e desamor para com a alma humana, seja ela a nossa mesma ou a do
próximo. Quando desconhecemos a Deus nos vestimos de adornos de falsidade para
viver a vida como se ela fosse totalmente descomprometida e descompromissada de
Deus, como se a vida não tivesse com Deus aliança, e fosse desposada de
fidelidade e temor, de amor e respeito, de adoração e louvor, de gratidão e
reverência para com o Criador da vida. É assim que se vive longe de Deus e de
muitas outras formas ainda, das quais a alma humana é capaz de protagonizar no
palco da vida. Viver longe do conhecimento de Deus é viver somente o projeto
humano, onde não cabe o projeto divino; desconhecer a Deus é viver as loucuras
dos sofismas e das filosofias que geram morte e não a vida eterna; viver como
se Deus não existisse, é viver nas vãs afirmações de que a vida é apenas vivida
no carpe
diem e nada mais, e fora disso nada mais tem sentido. Desconsiderar
Deus é aprovar a insanidade da alma e a loucura do espirito, deixando-se órfão
pelo verdadeiro Pai. Desconhecer Deus é entregar-se aos desvarios da alma e às
concupiscências da carne, fazendo o que é lógico, bom e proveitoso, segundo o
que acredita.
Por isso e muito mais, é necessário CONHECER, e o conhecimento obtido hoje não é total, é apenas parcial. O que é conhecido hoje deve ser ainda mais conhecido amanhã, por isso prossigamos. Por isso o apóstolo Paulo disse: Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido (1 Coríntios 13:12). Se já adquirimos algum conhecimento, por mínimo que seja, andemos segundo o que já conquistamos e rumemos na caminhada em busca de mais de Deus para nossas vidas, porque até onde chegamos ainda não é completo, é como que fosse por espelho, não é completo. Essa é a vida eterna: conhecer o único e verdadeiro Deus que é o Pai do Nosso Jesus Cristo. Conhecê-lo deve ser o alvo de todo ser humano, conhece-lo guiará nosso entendimento para que ele não se esbarre nos devaneios das filosofias errôneas e nas falácias acerca do que não se deve perder tempo.
NEle, que busca um povo que o busque para manter um relacionamento de conhecimento e amor em Cristo Jesus.
Jahilton Magno
São Luís, 11.10.11
magnopoema@hotmail.com
jahiltonmagno@yahoo.com.br
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