Deus preparou todo o ambiente do Jardim do Éden antes mesmo de colocar Adão lá, para que pudesse viver nele, governá-lo e usufruir todos os benefícios dos quais o Criador, de antemão, tinha construído. Houve intensa atividade divina: criação dos céus, da terra, separação do dia e da noite, criação dos animais, do rio, da natureza com toda a sua estrutura bem organizada e trabalhada por Deus. Costumo dizer que existe uma conspiração de Deus a favor do homem sempre, de forma ininterrupta, a fim de desencadear no coração humano a consciência de que o Senhor está no controle de tudo, que Ele o ama, e que a Ele deve prestar culto e adoração.
Existia de antemão uma conjuntura que se destinava para que o homem fosse o gestor organizacional deste empreendimento de Deus. Mas antes mesmo de colocar em suas mãos, Deus certificou-se de que estava tudo sob controle. Ou seja, estava completo. A completude é uma das marcas da obra divina. Ele não entregaria nada incompleto nas mãos do homem. E depois dessa ação é necessário que se atente para o versículo 15 onde fala que Deus colocou o homem no jardim. É Ele quem coloca. Não adianta tentar ir por conta própria, andar na direção, buscar chegar até lá, dar passos até mesmo acelerados rumo ao Jardim, preparar-se da melhor forma, usar mecanismos os mais variados possíveis, nada disso adianta. Deus é quem coloca lá. E saibamos que o jardim não é um fim em si, mas parte do processo de Deus para trabalhar o homem.
Deus não queria uma vida ociosa para Adão, pelo contrário, queria-o ativo, participante, misturado à terra e as plantas. Nunca foi projeto de Deus a ociosidade para o ser humano. Antes, o desenho é fazer dele atuante na história e na construção da vida. Agir no jardim, atuar no jardim, co-elaborar no jardim, dar-se ao jardim, trabalhar no jardim, cultivar o jardim, cuidar do jardim. A construção de Deus é fazer o homem umbilicalmente ligado ao Jardim que Ele tão perfeitamente criou. O jardim precisa de cuidados, precisa da mão humana, precisa da intervenção humana, ação esta que não pode ser permutada por outra; nem mesmo negligenciada, pois é propósito de DEUS: 1 – COLOCAR O HOMEM DENTRO DO JARDIM; 2- FAZÊ-LO AGIR E INTERAGIR NELE.
Toda essa ação divina objetivava, antes de tudo, a Sua própria glória. A bíblia afirma que céus e terra testemunham a glória do Altíssimo. O firmamento fala a respeito da força do Seu poder: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” Sl 19.1. A criação do homem também buscou esse objetivo. Não somente a sua criação como também a atividade que ele desenvolveria: cuidar do jardim de Deus. O Criador não criou o jardim para si próprio, mas criou-o para o homem. Essa relação homem-jardim traria glória para Deus. O homem deveria lavrar e guardar. Ou seja, existia no coração de Deus o desejo intrínseco de que todas as habilidades e capacidades do homem fossem utilizadas nessa tarefa de cuidar do jardim. Dando a ele esta responsabilidade, é lógico que esperaria ter cumprida a obrigação, porque tinha ele as condições, aptidões e competências necessárias para tal.
Adão foi o primeiro profissional do mundo, e ao cuidar do jardim ele o fez de forma muito especial, pois para trabalhá-lo era necessária perícia, destreza, força, competência, habilidade, sensibilidade e vocação. E ele foi vocacionado pelo próprio Deus para esta função. O apóstolo Paulo que Deus efetua em nós tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dEle. Era desejo divino, propósito divino, vontade divina, projeto divino. Aprendemos que todas as responsabilidades a nós direcionadas e outorgadas terão em nós, pela vontade e poder de Deus, a plena capacidade de serem efetivadas para a sua glória. Deus não disse ‘vai adão e faça’ sem que Ele não visse as plenas competências existentes no próprio homem, colocadas pelas mãos divinas quando da sua criação.
Aprendamos que não nos adianta usarmos das nossas forças, capacidades e competências e muitos menos bens, pois não é através de tudo isso, mas do Espirito de Deus que as coisas de Deus foram, são e serão construídas. Deus nos colocará, será ação de Deus, manifestação dEle, mover dEle, intercessão dEle, construção dEle em nossas historias, ministérios, casamentos. E mais divino ainda é mostrar que é através de nós. Os jardins serão cuidados por nós por capacitações que nos foi outorgada em Cristo Jesus. O Éden significa delicias. Que possamos cuidar das delicias que o Senhor nos confiou, sabendo que Ele está no controle de tudo e que a Ele toda é a honra e a gloria pelos séculos dos séculos.
NaquEle que antes da fundação do mundo já havia preparado tudo para sua própria glória
Jahilton Magno
São Luís, 30.08.11
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