Ontem eu fui acompanhar meu irmão mais velho em sua caminhada diária na luta para diminuir seu peso, melhorar a sua pressão sanguínea e também diminuir o seu colesterol. Essa luta é um alívio para a família que sempre se preocupou com o excesso de peso, que consequentemente traz muitos problemas acompanhados. Essa atitude dele é, de fato e de verdade, uma vitória para nós, e acima de tudo para ele, ao passo que a sua saúde vai agradecer e vai responder instantaneamente (isso já está acontecendo).
Mas ademais tudo isso, ontem algo me chamou mais a atenção que essa alegria minha e dele: foi um comentário feito por alguém que também pratica essa caminha, esse cooper diário para melhorar a saúde. Um comentário desestimulante, fruto de um espírito que considero medíocre. Pois uma das formas como a mediocridade se apresenta é conseguir conceber no outro vitorias, sucesso, crescimento ou melhoras. Essa é a típico retrato da alma humana. O ser humano, na maioria das vezes, no fundo do seu coração não consegue aceitar o fato que no outro também pode haver evoluções, paz, alegria, casamento abençoado, família serena, emprego estável, aprovações em concursos, relacionamentos sólidos, ministério crescendo, negócios indo de vento em popa. Isso é diabólico, é sinistro, atrevo-me a dizer.
Este sentimento ele é depreciativo e quem tais pessoas praticam andam na contramão do projeto de Deus para alma humana. Este sentimento vai de encontro à criatividade, e às possiblidades de mudanças e de conquistas na vida. Esse sentimento, que não se encarcera apenas na alma humana, toma proporções negativas de uma profundidade indizível. Pois o alvo, por exemplo, de um comentário maldoso pode causar estragos incalculáveis, visto que nem toda alma é preparada para lidar com situações com essas.
O detalhe é que realmente em nosso dia a dia mais vemos o empurrão rumo ao buraco que o apoio que nos aproxima da vitória e do sucesso. Por quê? Porque o mundo está cheio disso. Jesus disse: A boca fala do que está cheio o coração. É impossível aguardar algo diferente se na verdade as pessoas não podem dar o que não tem. A sociedade está enferma e se enfermando cada vez mais, em sua busca pela individualidade e independência, perdendo a capacidade de amar, de sentir, de interagir, de tecer teias que servirão para a vida toda, de construir relacionamentos bordados por incentivo, generosidade, amizade e preocupação com o bem-estar do próximo.
Se já não bastassem as lutas diárias que naturalmente se nos acomete a vida, ainda temos que lutar contra os algozes humanos: pessoas que nunca vislumbraram, em suas experiências de vida, a possibilidade, ainda que fragmentada e tímida, de permitir que suas almas se abracem a atos de amor e caridade. Incentivar não dói, não desgasta e não envolve nenhum custo. Mas a alma desses seres humanos está num estágio para lá de caído. Essas almas não se permitem a nobre arte de ser humana, no mais literal, poético ou cientifico que se queira analisar.
Incentivar pode ser o inicio de revoluções, a manjedoura das descobertas, o útero das mudanças. Mas quem sabe o ato de incentivar seja muito mais ainda a permissão que se dá a alma de quem pratica de descobrir que tão singelo ato pode causar na história (seja pessoal ou mundial) a reedição da vida. Quando Jesus se deparou com aquela mulher pega em pecado de adultério, ela já via a morte como algo certo para aquele momento em sua vida. Os seus acusadores já estavam a um passo de lhe aproximarem da morte. Ai Jesus entra na historia dela e muda definitivamente. Quando diz para que jogue a primeira pedra quem não tiver pecado, ele não apenas afasta dela a morte e os acusadores, mas lhe devolve o fôlego da vida que ela já estava sentindo lhe escorrer pelas mãos naquele momento.
Jesus a encontra e a incentiva àquilo que, mesmo em frações tão diminutas, ela ainda tinha dentro de si: vontade de viver, vontade de mudar, vontade de ter mais uma chance. Ai Jesus vem e redireciona sua vida e a estimula: vá e não peques mais.
Talvez o mundo esteja perdendo a sensibilidade para saber o valor do incentivo, do estímulo, do apoio, do estender as mãos, do companheirismo e da amizade. Perde também a oportunidade de vislumbrar quadros pintados com cores da própria alma humana, esculturas pontificadas com toques da sensibilidade humana, descobertas que somente serão possíveis porque houve, há e haverá uma simples palavra: vá lá, eu acredito em você.
NaquEle que não apaga a pavio fumegante.
Jahilton Magno
30.08.11
TUDO AO NOSSO REDOR APONTA PARA DEUS,E ELE ESPERA NOSSA RESPOSTA.{PEQUENOS DESCUIDOS PODEM CAUSAR GRANDES DESASTRES. ADOREI, BJOSSSS E ABRAÇOS .ESPERE EM DEUS POIS BENÇAOS SEM MEDIDAS ESTÃO VINDO EM SUA DIREÇÃO...
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