“No tempo que lhe resta na carne, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus.” 1Pedro 2.4 (Nova Versão Internacional)
Estou lendo um livro do filósofo Sêneca chamado Aprendendo a viver. O primeiro capítulo é chamado da Economia do Tempo, muito interessante e de um conhecimento profundo. Nas entrelinhas por exemplo ele nos deixa um pensamento muito sábio: “Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entende que se morre diariamente? Nisso pois falhamos: pensamos que a morte é coisa do futuro, mas parte dela já é coisa do passado. Qualquer tempo que já passou pertence à morte.” A vida quando observada criteriosamente pode mudar quando entendemos que o tempo rege tudo. O tempo pode nos ajudar em algumas ocasiões e em outras interpretamos que ele é nosso algoz. Às vezes o abraçamos com tanto carinho e em outras ocasiões lhe queremos distância como se algum mal nos fizesse.
Assim é nossa relação com o tempo. Mas ela não está restrita apenas a essas compreensões porque ela está muito mais acima disso. Compreender isso talvez nos faça escapar da procrastinação do tempo. Procrastinar é algo irrevogável. Não se pode voltar atrás daquilo que já passou, daquilo que já foi construído ou mesmo que deixou de sê-lo. Assim, a exortação de Pedro é que vivamos o tempo que nos resta de maneira diferente. Porque ele entende que, como diz Sêneca, qualquer tempo que já passou pertence à morte. Então se o princípio é esse, o modo de vida começa a ter que ter outro sentido porque tudo que ainda pode ser feito no tempo que resta, tem que ser feito segundo a vontade de Deus.
A perspectiva da vida muda, porque estarão se confrontando dois valores: os do velho homem e o novo homem. É a velha ordem versus a nova ordem. E elas existem dentro dessa realidade. Cada dia é como se fosse um dia a menos nesta vida e a possibilidade de uma construção a mais em Deus. E como viver? Esse é o cerne da questão. Qual o procedimento a adotar na vida para saber viver a vontade de Deus? Viver o novo, a contraproposta, o avesso, o diferente.
Esse sim seria o modo que agradaria a Deus. Seria o modo de saber aproveitar o tempo restante. Essa seria a sabedoria da viver cada momento da vida como um presente de Deus. Porque uma certeza tem de nos tomar: O RESTANTE DA VIDA TORNA-SE POUCO E MENOS AINDA QUANDO TOMAMOS CONHECIMENTO DE QUE ELA É MAIS TRANSITÓRIA DO QUE IMAGINAMOS. No versículo esta dito “tempo que lhe resta”, o que deve nos levar a pensar bastante sobre o tempo que ainda temos aqui, sobre este tão simples e corruptível corpo.
O que quer que construamos na vida, o que quer façamos ou deixemos de fazer, o que quer que sonhemos, o que quer que tenhamos como alvos de vida ou mesmo de lazer, quando colocado sob a perspectiva de Deus muda, porque em Deus existe uma troca de valores.
Fazer a vontade de Deus é a finalidade da vida de qualquer ser humano. Esse é o projeto, esse é o desenho de Deus, á a perspectiva que Ele espera para mim, estabelecendo um contraste entre a minha vontade que me leva a determinados fins e a divina que leva a outros.
Compreender isso é a vontade de Deus. Segui-lo é divino. E o equilíbrio nesse aspecto faz uma diferença enorme, porque olhar para a vida como algo realmente transitório é perceber que nela está a chance de poder construir em Deus ou fora dEle. Mas sempre com uma certeza: o tempo que vivemos, o fazemos sempre na direção de que se está chegando o fim e não o início, no que diz respeito à vida na terra, e o início do que seja a vida eterna.
Deus nos abençoe com sabedoria e força para viver a sua vontade.
Em Cristo Jesus, que nos chama para fazer a sua vontade.
Jahilton Magno
São Luis,
11.01.09
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