Crise é uma palavra bem corriqueira em nossos dias. A pendularidade das bolsas mostra a sua incapacidade de ser estável. Notícias de demissão em massa afligem qualquer trabalhador nos dias de hoje. E, embora se veja uma leve e aparente tranqüilidade no mercado agora, as dúvidas são sempre presentes e muito constantes. O que pensar sobre o futuro nesse clima de incertezas?
Verdadeiramente não é fácil encarar momentos assim. Abrangendo ainda mais partes da vida, não é fácil viver situações de incertezas em nenhuma circunstância. Mas o que fazer em momentos assim? Desesperar-se? Deixar o barco da vida ser levado pelo mar de conflitos e situações desconfortantes?
Desesperar-se talvez seja a mais buscada de todas as alternativas. Por que? Porque é a que menos exige esforço. O desespero em si já está posto dentro em nós, apenas aguardando um momento de se mostrar e a atitude que tenho no meio da crise é que vai determinar quem toma o leme do barco. Desesperar-se não exige trabalho mental, nem força interior, não exige sentimentos e atitudes dignas de um vencedor.
Em meio à crise, ser desesperado é mostrar que não existem esperança nem atitude de mudança em relação ao futuro. É não observar oportunidades nas adversidades; é não refletir a situação e encará-la como sendo um momento totalmente singular da transformação do que eu chamo de amanhã. Mudar o amanhã tem, portanto, a ver como a minha atitude hoje.
Num momento delicado da vida, Jesus Cristo passou por uma situação extremamente desconfortante, talvez uma das mais difíceis. Ele orava no monte das oliveiras e, frente ao horror de passar pela morte e morte de cruz, Ele disse: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo não seja feita a minha vontade, mas a tua.” Jesus estava diante do momento mais delicado e difícil, o que chamamos de crise hoje em dia. E o que ele fez? Foi orar e pedir a direção de Deus. Foi refletir, foi ficar sozinho em solitude, não em solidão. Foi reorganizar os objetivos, firmar os propósitos. A única chance de mudar a humanidade dando-lhe salvação estava em suas mãos e, ainda que dentro em si Ele passasse a maior crise existencial, psicológica, humana, espiritual, não se desesperou. Trabalhou, orou, exigiu de si, concentrou-se na missão e não deixou a sua atitude ser mudada pelas circunstâncias.
A bíblia diz que Ele saiu daquele momento de pé. Sim, através dessa atitude, Jesus conseguiu vencer suas crises interiores e continuar focado no seu objetivo que era fazer a vontade de Deus o Pai. Não existe outra atitude mais saudável na vida que seguir os passos do mestre vencedor de crises. As crises financeiras podem ser a oportunidade de se levantar voos mais altos, reorganizar a vida, reeditar novos planos, traçar novas estratégias.
Os ventos de problemas podem ser o momento para a oração e para a reflexão, para dobrar os joelhos e estar em solitude com Deus, na busca de força e de direção, a fim de que se possa tomar a atitude correta diante dos conturbados momentos que estejamos inseridos.
Reflita nisso e aja segundo o modelo que Jesus Cristo deixou.
Nele, que ensina que crise é mais uma via da confiança no Pai.
Jahilton Magno
São Luís, 14.10.09
Obrigado por ter comentado no meu blog. Sou novata.
ResponderExcluirGostei muito do que você escreve. Me fez parar pra pensar em muitas coisas.
Bjss!