Quando Josué, liderando o povo de Israel, estava prestes a entrar na terra prometida por Deus, Canaã, viveu mais uma das muitas experiências que teve ao longo da sua caminhada de vida. A nação estava bem diante da realização de um sonho, frente a um momento histórico e ao cumprimento da palavra de Deus dirigida a eles. Mais uma vez teriam a oportunidade de presenciar um milagre: as águas do Jordão iriam ser interrompidas para que o propósito de Deus se cumprisse. E o povo iria passar no meio do rio, mais uma vez demonstrando Deus o Seu poder sobre a sua criação, a natureza criada pela sua palavra.
No entanto, o mais importante neste fato de imensa grandeza do poder de Deus, não é o milagre em si, mas a obediência de Josué e o estabelecimento de um valor que deveria ser perpetuado e ensinado às gerações que se seguiriam após ele.
Temos a imensa facilidade de valorizar e focalizar o milagre o extraordinário, o sobrenatural de Deus, sem perceber que tudo isso em si somente faz parte da pedagogia divina no processo de nos ensinar o seu caminho correto para nossas vidas.
O que Deus queria ensinar ao povo de Israel não era tão somente que Ele era poderoso (como de fato o é), mas dar-lhes a entender que a sua promessa feita seria cumprida, e cumprindo-a era necessário aprender as lições que seriam ensinadas durante o processo.
O povo deveria pegar as pedras – exatamente 12 – e erigir um memorial perpétuo para si e para as próximas gerações. Deus não estava no memorial, não estava nas pedras, mas Ele queria ensinar que a Sua palavra era para ser lembrada e que todos os Seus atos na história do povo de Israel não eram em si um fim, mas um processo pedagógico dos Seus princípios. E que todos eles deveriam ser perpetuados à outras gerações.
Pergunto-me: de onde eu vim? Sim, de onde eu vim? De qual Egito Deus me tirou? De qual escravidão me libertou? Lembrar-me dos atos do Senhor na minha história é ter plena consciência e conhecimento processo pedagógico divino em minha vida; é erguer um memorial perpétuo que me leve sempre a uma atitude de adoração ao Deus da minha salvação; é compreender a ação divina a meu favor. E não apenas isso: perpetuar a pedagogia a mim ensinada para as gerações que me seguirão.
Essa relato bíblico também nos ensina que é fundamentalmente importante trazer na vida as provas e marcas da ação de Deus no passado como certeza da presença de Deus. Isso traz e constrói o memorial; é a composição, são as pedras que inegavelmente darão testemunho da ação de Deus. Em lamentações de Jeremias o profeta diz: “Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”. A importância da recordação na vida do profeta é de fundamental importância. Num momento de muita desolação ele lembrou e recordou das misericórdias de Deus.
O memorial tem esse papel. Hoje Jesus Cristo quer construir um memorial em nosso coração que nunca esqueça dos Seus atos e faça também um eco nas gerações que seguirão após a nossa. O que estamos construindo como memorial para a geração que virá? O que a minha vida vai deixar de ensinamento e lembrança da ação de Deus?
Reflita nisso.
Em Cristo, em quem recordar é ser consciente da ação salvadora na minha vida.
Jahilton Magno
São Luís, 25.09.09
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