O vinho amargo das decisões erradas, certamente bebe-se sem o prazer da doce bebida. Vez por outra, as sombras dos erros nos envolvem, a roupa do não acerto quer nos agasalhar. À tona vem algumas circunstâncias que se queria apagar e a consciência é tomada por um surto de dores e lamentações.
É assim que o coração de quando em vez se defronta com algumas recordações de decisões que, se possível, mudar-se-ia. O choro da alma se junta a lágrimas tão concretas. O arrependimento – quando verdadeiramente existe – faz olhar para trás, na certeza de que deste momento em diante o que for necessário fazer para mudar o fim, certamente será feito.
Escorrem pela mente os fatos como se fosse o ontem, ou ainda há pouco. Tudo parece tão fresquinho na memória e uma tinta de sofrimento parece pintar o quadro do coração. A alma humana – quando chega a um dos mais altos graus da sua existência – vive esse dilema. Crescer é ter olhado para trás com responsabilidades e compromissos de mudar o presente, principalmente quando lá estão escritas páginas erradas. Mas nem sempre é saboroso provar isso.
A dor e raiva de si mesmo tomam o peito num colapso de busca da retidão. A vergonha e a síndrome de adão – esconder-se para fugir às responsabilidades e às conseqüências – tomam como um todo o ser. É hora de parar. Quisera se somente fosse a si – o causador – as dores. Mas todas as quebras de princípios não envolvem apenas quem quebra, mas sempre mais alguém sofre também, as vezes não tão intensamente, outras vezes tanto quanto.
A súplica para que fossem menos operantes as conseqüências do erro, que não se estendessem como uma doença contagiosa são tão fortes, mas ao mesmo tempo tão sem forças...E ver mais alguém sofrendo é mais dolorido ainda.
O homem está sujeito a isso, a menos que se queira esquivar da verdade do erro. Tentar alcançar um alvo e lançar a flecha. Essa é a nossa meta. Essa é a dor. Essa é a descoberta de si mesmo: não atingir o alvo desejado. Seguem-se e dor e a lamentação, e decepção e choro, a surpresa e a tristeza; seguem-se as conseqüências. O amargo da frustração.
Onde havia expectativa, agora um monte de escombros de uma certeza da incapacidade de se fazer o certo. A glória e a vanglória cedem lugar a uma cabeça baixa e temerosa, a uma lagrima dolorida e tênue.
É assim o descobrimento do errado, da certeza do quase atingimento do alvo. É também meio a isso, o crescimento da alma. Quando ela se revela desnuda diante com suas mentiras e decisões erradas. É assim o caminho para a sabedoria, para o equilíbrio, para a paz, para o avanço e a superação de etapas, meio a dor e ao choro. É quando a alma se encontra com a verdade ETERNA de DEUS, despindo-se das suas arrogâncias e falsas verdades, encontrando um parâmetro correto e um ensinamento equilibrado e justo. Tudo focado no SENHOR santo e justo, misericordioso e amoroso, fiel e presente, amigo e companheiro.
“Obrigado, Senhor, porque frente aos meus erros eu não corro o risco do suicídio como fuga do meu confronto comigo mesmo, mas encontro redirecionamento de vida em Jesus.”
Em Cristo, que nunca me diz que errar é o fim em si, mas o momento de mudar o fim.
Jahilton Magno
São Luís 26.09.09
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