“E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela disse: Vai, minha filha.” O contexto é um dos mais complicados possíveis: a cidade passa por um momento de falta de alimento total e Rute e Noemi são duas viúvas que não têm ninguém que pudesse lutar pela causa delas. Então a nora diz à sogra que vai apanhar espigas para a alimentação de ambas. A única palavra que recebe é essa: Vai, minha filha. Talvez, pela simplicidade desse diálogo, sejamos impulsionados a continuar a leitura do texto, sem nos ater ao que seja uma das grandes lições que está presente nas entrelinhas. Quando observo esse texto, lembro-me da vida. Sim da vida essa nossa de todo dia, com problemas, com decepções, com correrias, com desafios, com lágrimas, com perdas, com sonhos, com distanciamentos, com separações, com alegrias e tristezas; a vida com notícias boas e muitas vezes ruins, com momentos de céu e outros de inferno. É dessa vida qu